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Balões de ensaios sobre o futuro

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Reunião de alto nível. Sindirações e FEFAC expõem suas visões sobre o mercado de alimentação animal

No dia 9 de setembro o Sindicato Nacional das Indústrias de Alimentação Animal (Sindirações, São Paulo/SP) reuniu no prédio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp, São Paulo/SP) autoridades de entidades internacionais e nacionais para debater as tendências do setor.

Com a participação de um público seleto, composto por 25 associados, os presentes puderam compreender os trabalhos realizados pela Federação Europeia de Fabricantes de Alimentos para Animais (Fefac, sigla inglês), representado pelos presidente da entidade, Ruud Tijissens, e Jaime Piçarra, diretor do Comitê de Produção de Rações Balanceadas, além da palestra do professor da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de São Paulo (FMV/USP, São Paulo/SP), João Palermo Neto.

Avaliando os contrapontos, ficou claro a opinião de cada um dos palestrantes, em especial sobre o uso de melhoradores de performance. Tijissens explicou que, devido a criteriosidade dos consumidores do bloco econômico europeu, há um rígido controle de fornecedores e, neste sentido, há uma gama de temas nos quais estão atentos, em especial as matérias-primas importadas pelo continente, bem como as proteínas de origem vegetal e animal. “Basta dizer que 95% das exportações de soja para a Europa são originadas da Argentina, Brasil e Estados Unidos”, esclarece.

Já sobre antibióticos, ele deixa claro que lá o uso é banido e utilizado somente para tratamento e que, por outro lado, há uma considerável atenção sobre o desencadeamento de resistência ao uso irresponsável das substâncias.

“Por isso vemos o uso de aditivos como alternativas para o desenvolvimento de animais de produção”, discorre.

Por estes motivos, para Tijissens, foi importante a vinda ao Brasil para participar da reunião organizada pelos Sindirações.

“Aqui queremos construir conectividade com os demais blocos e o Brasil tem uma destacada participação neste comércio mundial”, avalia.

Piçarra afirma que o Brasil tem sido a prova viva sobre estes tipos de discussões por ter realizado grandes esforços na área ambiental e de regulamentação a fim de se aproximar dos padrões Europeus. “O caminho é este.

Nós que estamos no mercado global precisamos das mesmas armas e, portanto, temos que utilizar os estandares internacionais para harmonizar regras para produzir alimentos com segurança”, alinha.

De acordo com o presidente do Sindirações, Roberto Betancourt, a atenção da União Europeia está pautada em meio ambiente, segurança do alimento e consumidor. “A preocupação nacional também está alicerçada nestes itens, aliado ao custo de produção, pois uma das questões sociais mais importantes está no acesso à proteína animal segura para a população de baixa renda do Brasil e do resto do mundo”, informa e acrescenta que isso reflete em uma preocupação a mais da indústria nacional, caso contrário o País descumprirá o esperado.

O presidente da FeedLatina (Montevideo, Uruguai), Julio Neves, presente também no encontro, avalia que os setores da indústria de proteína animal sofrem com a pressão de grupos ativistas. “A ciência, como apresentou o professor João Palermo Neto, mostra que isso não é real. Temos que deixar a ideologia para uma outra ocasião”, insere, e Betancourt completa: “Temos que sair da caixa e entender o que o mundo quer, quais são as demandas. O Brasil tem condições técnicas para produzir taylor made para qualquer país do mundo. O que não podemos é adotar políticas que elevem os custos para o mercado doméstico”, alinha.

Para o vice-presidente executivo do Sindirações, Ariovaldo Zani, esta aproximação, mesmo de longa data (início dos anos 2000), atesta a afirmação da ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA, Brasília/DF), Kátia Abreu, quando na abertura do Salão Internacional da Avicultura e Suinocultura (Siavs), realizado em agosto no Centro de Exposições do Anhembi, na capital paulista, destacando para as lideranças presentes que “não abandonassem a esperança de estreitar os acordos com a União Europeia, pois o governo federal e o próprio ministério estariam empenhados em avançar no acordo comercial entre o Brasil e aquele Bloco Econômico”.

Este incentivo, de acordo com Zani, fez com que o Sindirações apressasse possíveis trâmites, já que encontra-se em curso um entendimento comercial global entre a Europa e os Estados Unidos que poderá trazer riscos competitivos para o Brasil.

“Hipoteticamente o avanço desse acordo com a inclusão do comércio agropecuário pode atrapalhar sobremaneira o futuro dos negócios dos associados e de toda cadeia produtiva de proteína animal”, completa.

Para ler a matéria na íntegra, clique sobre a imagem.

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Por ARTHUR RODRIGO RIBEIRO, DE SÃO PAULO (SP)
arthur@ciasullieditores.com.br

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