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Indústria de alimentação animal cresce 2,4% no primeiro semestre

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Mais de 31 milhões de toneladas de rações foram produzidas no período, com destaque para equinos, bovinocultura leiteira e alimentos para cães e gatos 

São Paulo, agosto de 2014 Seguindo as expectativas otimistas divulgadas no início do ano pelo Sindirações – Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal -, 2014 está sendo positivo para a indústria de alimentação animal no País. Apenas no primeiro semestre foram produzidas 31,5 milhões de toneladas de rações, um incremento de 2,4% comparado ao mesmo período do ano passado.

“Após registrar estabilidade em 2013, os números apontam para o retorno do crescimento do setor”, diz Ariovaldo Zani, vice-presidente executivo do Sindirações. “A indústria de alimentação animal, elo essencial da cadeia produtiva ainda negligenciado pela desoneração tributária, continua atendendo aos estímulos do consumo de proteína animal (doméstico e exportação)”, completa.

Os setores que mais se destacaram foram o de equinos, bovinocultura leiteira e alimentos para cães e gatos, com crescimento de 5,9%, 5,7% e 5,2%, respectivamente.

Ariovaldo destaca outros fatores para o bom momento da indústria, e aposta em baixa continuada nos preços das commodities agrícolas e nos desajustes de rebanho bovino nos Estados Unidos e Austrália que podem gerar mais negócios externos para a pecuária bovina brasileira e valorizar ainda mais a arroba do boi gordo. No caso da suinocultura e da avicultura, as perspectivas são positivas e motivadas pela abertura de novos mercados e ampliação dos embarques (Japão, Rússia, etc.), enquanto a pecuária leiteira tende sofrer pressão nos preços por causa da diferença/spread determinada pelos competitivos exportadores tradicionais.

Dados do setor 

Apesar da tendência de arrefecimento do custo da alimentação animal, a avicultura de corte consumiu 15,3 milhões de toneladas de rações e cresceu apenas 2,8%, principalmente por causa da oferta de frango bem ajustada à demanda doméstica e pela estabilidade na quantidade exportada durante o primeiro semestre. Já a produção de rações para galinhas de postura cresceu 3,4% e somou 2,8 milhões de toneladas de janeiro a junho. O alojamento das pintainhas já avançava mais de 10% até maio, embora, mitigado pelo concomitante processo de descarte das poedeiras mais velhas, cujo saldo anual pode resultar em plantel de 96 milhões de cabeças, um avanço de pouco mais de 5% em relação ao ano passado.

Durante o primeiro semestre, a escassa oferta de bezerros, que assim como o boi magro, teve a arroba bastante valorizada, comprometeu a reposição do boi terminado e corroborou a suposta reversão do ciclo pecuário, caracterizada pela retenção de fêmeas. Diante desse cenário, o mercado da carne bovina manteve a estabilidade com a oferta ajustada à demanda. O clima atípico, por sua vez, influenciou diferentemente a qualidade das pastagens nas diversas regiões produtoras, favoreceu a suplementação mineral e o consumo de rações que contabilizou 1,31 milhão de toneladas e avançou 3,2%.

O pleno abastecimento nos laticínios verificado ainda no último trimestre do ano passado, combinado à sazonal queda da demanda no início de cada ano, pressionou sobremaneira o preço do leite pago ao produtor. No entanto, fatores climáticos anteciparam a reversão desse ciclo, por causa da estiagem prolongada que continua afetando as pastagens em algumas bacias leiteiras, enquanto em outras o excesso de chuvas prejudicou a captação. Os patamares de preços médios alcançados e o acesso facilitado às novas tecnologias produtivas têm permitido maiores investimentos na alimentação preparada na fazenda, atividade também estimulada ultimamente pelo alívio na cotação do milho e farelo de soja, utilizados nos concentrados energéticos fornecidos pela indústria. De janeiro a junho a demanda por rações para gado leiteiro avançou 5,7% e somou 2,6 milhões de toneladas.

A oferta de suínos para abate permaneceu restrita por causa da limitação do plantel de matrizes e reprodução de leitões e da antecipação da venda de animais mais leves apuradas no final do ano passado. Algum estímulo à produção se deu por causa da ampliação de oportunidades do mercado externo (surto de PEDv na China e nos Estados Unidos, conflito geopolítico na Ucrânia) e pelo reforço de rentabilidade da atividade, resultado da combinação do alívio do custo da alimentação e da melhora do preço pago ao produtor. A disponibilidade no primeiro semestre, contudo, continuou bem ajustada à demanda e o consumo de ração nesse período permaneceu praticamente estável na marca dos 7,2 milhões de toneladas.

A projeção da cadeia produtiva da aquicultura aponta crescimento mais modesto, da ordem de aproximadamente 10% ao longo desse ano, pois segue pressionada pelos desafios sanitários, avanço da importação dos pescados asiáticos e, sobretudo, pela influência do clima e da capacidade hídrica reservada. A escassez pluviométrica nas regiões Sudeste (Furnas e Três Marias/MG) e Nordeste (Castanhão e Orós/CE), e o excesso das chuvas na região Norte (Rondônia), ao longo do primeiro semestre, inibiu o ritmo da demanda por rações para peixes que cresceu apenas 4,9% e alcançou 386 mil toneladas, enquanto o consumo de rações para camarões contabilizou 44 mil toneladas e cresceu 5%.

A produção de alimentos para cães e gatos avançou 5,2% durante o primeiro semestre e alcançou 1,23 milhão de toneladas, impulsionada pela classe média emergente que já representa mais da metade da população brasileira. Os animais de companhia são considerados membros das famílias desses proprietários que, nos últimos anos, tiveram sua renda aumentada por causa do trabalho formal e maior oferta de crédito para consumo.

Sobre o Sindirações

O Sindirações, Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal, foi fundado em 1953, e é hoje o principal representante da indústria brasileira de ingredientes, premix, suplementos, aditivos, rações para animais de produção e alimentos para cães e gatos. Com sede em São Paulo, no edifício da FIESP, a entidade reúne 150 associados – que representam cerca de 90% do mercado comercial de produtos destinados à alimentação animal e é filiado a FEED LATINA, Asociación de las Industrias de Alimentación Animal de America Latina y Caribe e à IFIF – International Feed Industry Federation.

 

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