São Paulo – Dezesseis entidades do agronegócio se juntaram numa campanha para combater o avanço da comercialização de medicamentos veterinários ilegais. De acordo com a Campanha Antipirataria de Produtos Veterinários, desenvolvida pelo Sindan (sindicato da indústria veterinária), os produtos comercializados de forma ilegal hoje representam em torno de 15% do segmento de saúde animal, ou cerca de R$ 600 milhões anualmente.
A primeira campanha nacional para combater a pirataria de medicamentos de uso veterinário foi lançada na Expointer, conforme comunicado divulgado pelas entidades.
O objetivo da campanha é “informar e educar todos os elos da cadeia produtiva de proteína animal sobre os riscos e os malefícios do uso de medicamentos veterinários falsificados, contrabandeados, sem registro e formulações caseiras”, diz o comunicado.
Para as entidades que participam da campanha, “os produtos ilegais significam prejuízos para saúde animal, saúde humana, para a sanidade, para o produtor em geral e para a indústria veterinária”.
Emilio Salani, vice-presidente Executivo do Sindan, diz no comunicado que “uma das grandes preocupações da cadeia produtiva é a qualidade e segurança dos alimentos”. (…) “Precisamos eliminar os riscos que podem prejudicar a todos, ou seja, criadores, frigoríficos, exportadores e consumidores”.
Segundo o Sindan, a pirataria de medicamentos veterinários dobrou em dois anos, principalmente devido “às facilidades de tecnologia encontradas por organizações criminosas”. Os principais canais de venda dos ilegais são, conforme a entidade, o e-commerce e as centrais de telemarketing ativo e passivo. Há ainda “pontos comerciais inidôneos e as vendas na modalidade porta a porta”.
Entre as medidas previstas na campanha estão ações junto aos órgãos do governo “no sentido de promover convênios multilaterais, definir atribuições de cada um e apoiar na fiscalização, educação e conscientização do mercado em geral”.
A primeira ação da campanha inclui divulgação massiva com a participação de todas as entidades, por meio de banners em seus websites, envio de e-mail marketing, cartazes e cartilhas a seus associados e nos pontos de vendas.
Participam da campanha: ABCZ, Abiec, ABMRA, Assocon Asbram CNA, CFMV, CRMV-RS, CNPC, Faesp, Farsul, Fonesa, SBMV, Sindan, Sindirações e SRB.
Por Alda do Amaral Rocha