Os números do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Agricultura do Paraná (Seab) apontam para uma queda de preços expressiva no estado entre os meses de março e maio. Em março, o quilo do frango vivo era comercializado a R$ 2,34, enquanto a média de maio foi de R$ 2,21, queda de 5,5%. Nesta segunda-feira (09), o valor de venda foi de R$ 2,29.
A Copa do Mundo, para todos os setores de produtos, traz melhores expectativas de demanda, mas o reflexo ainda não foi visualizado no mercado de frango. O Cepea apontou na última sexta-feira (6) que frigoríficos formaram estoques e não encontraram o consumo esperado.
De acordo com Ariovaldo Zani, vice-presidente do Sindirações, as expectativas para os próximos meses, mesmo com as super safras de soja e milho que vêm sendo estimadas nos Estados Unidos, são de preços mais altos para a soja, uma vez que os estoques globais estão escassos e que a demanda chinesa para o grão continua bastante forte. Para o milho, no entanto, a situação é um pouco mais confortável. A tendência para o segundo semestre, no entanto, é de que haja um esfriamento no custo do milho e uma recuperação na rentabilidade para os produtores de frango.
As exportações de frango brasileiras se encontram também em uma boa média. Segundo com dados da Agência das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), nos últimos 10 anos, encerrados em 2013, o preço médio do frango exportado pelo Brasil, da ordem de US$888/t, fechou 2013 com o valor de US$2.018/t, o que significou um incremento de 127% em uma década. Este número aponta para exportações melhores que as dos americanos, que conseguiram obter US$1.250/t no ano passado.