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Equilíbrio entre escolhas e consequências

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O desafio é encontrar o equilíbrio entre a segurança alimentar e o cuidado com o meio ambiente, já que as práticas agropecuárias influenciam a sustentabilidade do planeta, assim como as necessárias medidas para mitigação das emissões comprometem os sistemas alimentares que abastecem os mais pobres

 

Os empreendedores tem encarado o desafio de aumentar a produtividade utilizando menos água, terra e insumos no intuído de permitir o ingresso de milhões de pessoas à faixa de consumo. Desde o pós-guerra a produção de alimentos aumentou quase 50%, devido a revolução verde. Entretanto, os recursos naturais mobilizados em excesso e a hipotética exploração intragável deles pode resultar na exaustão da biodiversidade e dos ecossistemas essenciais.

Curiosamente, nesse século vinte e um prevalece a coexistência da desnutrição e da obesidade, fenômeno capaz de sustentar a convicção de um mundo contemporâneo que come mal. De fato, os famintos comem de menos, obesos comem demais e o que sobra é desperdiçado. Lástima ou sarcasmo, a conclusão é que ninguém come bem.

No dia 15 do mês passado, o planeta somou cerca de 8 bilhões de habitantes e mantém a estimativa que alcançará em 2050 o patamar de 9,7 bilhões, de acordo com a Organização das Nações Unidas/ONU. Estima-se, inclusive, que na metade deste século, a humanidade demandará mais de 200 milhões de toneladas de carne de aves, aproximadamente 140 milhões de toneladas de carne suína, e algo em torno de 100 milhões de toneladas de carne bovina. Apetite cobiçoso por proteína animal dependente do incremento do Produto Interno Bruto (PIB), principalmente na China, Índia e Estados Unidos. A elevação de renda per capita acaba influenciando o aumento do consumo de alimentos e energia que aumentam a emissão de carbono na atmosfera, requerem e poluem muito mais água.

O relatório “Global Risks 2022 – 17th Edition”, pesquisa aplicada junto aos quase mil peritos e tomadores de decisões, com partes interessadas no Fórum Econômico Mundial, revela que as “Falhas no enfrentamento das mudanças climáticas” ocupam o pódio de preocupação nas perspectivas de curto, médio e longo prazo, além de outros riscos relacionados ao clima e ao meio ambiente, classificados como de maior potencial causador de danos às pessoas e ao planeta.

Já o mais recente “Panorama da América Latina” da OCDE analisa a forma como as mudanças nos padrões de clima põem em risco a segurança alimentar e a produção agrícola global. A região mencionada no título do estudo, por exemplo, abriga treze, dentre os cinquenta países mais ameaçados pelas alterações, à exemplo do Brasil, detentor de boa parte da biodiversidade global e considerado bastante vulnerável às referidas alterações, já que depende sobremaneira da produtividade das lavouras para sustentar seu desenvolvimento econômico e social.

Aliás, a fome escalou recordes e continua aumentando em todas as geografias, de acordo com o Secretário Geral das Nações Unidas/ONU, ou seja, atualmente são cerca de 828 milhões de pessoas abatidas e outras 3,1 bilhões que padecem sob efeito da má-alimentação, conforme o relatório State of Food Security and Nutrition in the World/SOFI 2022.

O desafio é encontrar o equilíbrio entre a segurança alimentar e o cuidado com o meio ambiente, já que as práticas agropecuárias influenciam a sustentabilidade do planeta, assim como as necessárias medidas para mitigação das emissões comprometem os sistemas alimentares que abastecem os mais pobres. Leia mais…

Para ler a matéria na íntegra, clique sobre a imagem.

Confira essa e outras notícias da edição nº 188 da Revista feed&food, clicando aqui!

 

Fonte: Revista feed&food – n.º 188

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