Brasília, 24/02/2015 – O Dr. Ariovaldo Zani, vice-presidente executivo do Sindirações, representou o Sindirações na reunião extraordinária do Comitê Interministerial que vem tratando da crise deflagrada pela greve dos caminhoneiros.
O encontro, coordenado pelo secretário-geral da Presidência da República, Miguel Rossetto, envolveu também representantes das grandes companhias integradoras e cooperativas, além de outras entidades e associações relacionadas à cadeia agropecuária, os quais registraram suas preocupações com o bloqueio das rodovias, desabastecimento de insumos nas plantas produtoras e impossibilidade de captação e transporte das mercadorias até os pontos de consumo.
Ariovaldo ressaltou que por conta do modal de transporte brasileiro, quase que exclusivamente rodoviário, é seguro afirmar que o ritmo da cadeia produtiva depende do sincronismo entre os segmentos de insumos, agropecuária básica, agroindústria e transportes (graneleiros e refrigerados, baús e cegonhas, tocos, trucks e VUCs, bitrens e treminhões) que carregam insumos e produtos, do “Oiapoque ao Chuí” e vice-versa.
Ele registrou: “O esforço público/privado (inclusive de muitos caminhoneiros) no estratégico desvio da matriz de transporte de carga para o norte e o estímulo à renovação da frota, culminaram em excesso da oferta de fretamento e menor quantidade de mercadoria em direção ao sul do país, combinação fundamental que acabou por atrapalhar a contabilidade dos caminhoneiros. Mais recentemente, o crescente aumento dos custos de operação (diesel e lubrificantes, pneus, tarifas de pedágios, licenciamento, juros dos financiamentos, etc.) e a iminente Lei dos Motoristas à ser sancionada, aprofundaram a preocupação diante das dificuldades e levou à deflagração dos bloqueios nas estradas.”