Em 2010, a avicultura de corte já ranqueava como setor de maior demanda, impulsionando a produção de mais de 30 milhões de toneladas de rações. Contudo, naquele ano, a sobrevalorização da moeda local prejudicou a quantidade de frango exportada. A rentabilidade do produtor, por sua vez, foi em parte comprometida pelo custo da alimentação dos planteis que aumentou significativamente. O preço do frango no varejo se sustentou, já que a valorizada arroba do boi não dava sinais de arrefecimento. Por sua vez, a demanda per capita de frango alcançava 44 kg, em resposta à produção de mais de 12 milhões de toneladas.
No ano seguinte, em 2011, a demanda de rações incrementou em mais de 6% e resultou na produção de mais de 32 milhões de toneladas. A persistência do câmbio valorizado, os reflexos da crise fiscal da União Europeia, os confrontos geopolíticos no Oriente Médio e os embargos da Rússia e África do Sul prejudicaram bastante as exportações que cresceram pouco quando comparadas ao ano anterior. Apesar do excedente no mercado interno, a rentabilidade foi preservada, pois o custo com a alimentação foi compensado pelo melhor preço pago ao produtor durante o último trimestre. Naquele ano foram produzidas cerca de 13 milhões de toneladas e o consumo per capita superou os 47 kg.
Já em 2012, o recuo na atividade culminou na produção de 12,6 milhões de toneladas de frango, demandando pouco mais de 31 milhões de toneladas de rações. A persistente fragilidade das economias na zona do Euro e o conflituoso cenário no Oriente Médio atrapalharam o desempenho exportador que embarcou menos de 4 milhões de toneladas de frango. O excedente no mercado interno durante o primeiro semestre pressionou os preços e corroeu a rentabilidade do avicultor, prejudicado pelo vigoroso aumento do preço do farelo de soja e do milho.
Em 2013, apesar do arrefecimento no custo da alimentação para avicultura de corte, a escassa oferta de pintainhos para alojamento esfriou a demanda por rações que somou pouco mais de 30 milhões de toneladas, enquanto em 2014, o alívio no custo da alimentação devolveu rentabilidade ao produtor e a demanda superou 31 milhões de toneladas, embora o alojamento de pintainhos manteve estabilidade e a produção de carne de frango cresceu apenas ligeiramente.
O produtor de frangos de corte demandou 32,4 milhões de toneladas de rações, um avanço de 3,5% em 2015, enquanto o alojamento de pintainhos cresceu quase 5%. A capacidade de compra do consumidor doméstico diminuiu por causa da deterioração econômica, motivo pelo qual a carne de frango substituiu crescentemente a carne bovina, enquanto que a desvalorização do Real frente ao dólar e os episódios de gripe aviária em países exportadores, favoreceram circunstancialmente os embarques de frango ao exterior que avançaram 5%. Leia mais…
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