Reflexo de um movimento positivo na cadeia de carnes, o setor de alimentação animal espera fechar 2015 no azul
Reflexo de um movimento positivo na cadeia de carnes, o setor de alimentação animal espera fechar 2015 no azul. Com um incremento nos produtos para aves, principalmente frango, a projeção é encerrar o ano com 67,1 milhões de toneladas de rações produzidas, alta de 3,2% ante 2014.
Os dados foram divulgados ontem (15) pelo Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações) junto ao balanço semestral. “A atividade pecuária (carnes, ovos e leite) continua resistindo à crise, uma vez que até maio expandiu 0,41%, apesar do retrocesso de 0,48% da agricultura”, afirma o vice-presidente executivo da entidade, Ariovaldo Zani.
Ao DCI, o executivo ressalta que o desempenho positivo do ano se dará tanto por conta do desempenho do frango no mercado externo quanto do consumo doméstico. Questionado sobre as expectativas financeiras, Zani declarou que os dados de fechamento ainda não foram consolidados.
“Os embarques de carne de frango do Brasil têm sido impulsionados pelos embargos dos tradicionais clientes dos Estados Unidos, onde 21 estados sofrem com a influenza aviária que já abateu mais de 48 milhões de aves, e pela abertura de novas oportunidades e ampliação no comércio. Até julho, as exportações brasileiras de frango in natura, cortes e derivados, avançaram 4,5%, alcançando quase 2,5 milhões de toneladas e receita em reais de R$ 12,7 bilhões. Um crescimento de 22,1%”, diz Zani, em nota.
No Brasil, o levantamento indica que a capacidade de compra do consumidor doméstico tem diminuído por causa da deterioração econômica, motivo pelo qual a carne de frango tem substituído crescentemente a bovina.
De janeiro a junho de 2015, o produtor de frangos de corte demandou 16,1 milhões de toneladas de rações, um avanço de 5,4%, enquanto o alojamento de pintinhos cresceu 4,7% e a exportação de carne de frango apresentou incremento de quase 3%, em relação ao mesmo período do ano anterior.
O segundo mercado que mais demandou alimento na pecuária foi o de suínos. Até o final do ano devem ser produzidas 15,4 milhões de toneladas de ração a este segmento, um pequeno avanço de 1% no comparativo anual.
Por Nayara Figueiredo