A previsão do Banco Central para o PIB brasileiro em 2024 é de avanço de 2,15% (relatório Focus de 19/07/24), movimento atribuído a retomada da atividade industrial e a razoável estabilidade no ritmo do setor de serviços, muito embora, o cenário continua apontando para retração da agropecuária que teve a safra prejudicada pelos efeitos do La Niña e a catástrofe no Rio Grande do Sul, além do recuo dos preços agrícolas.
Conforme estudos do Cepea/Esalq-USP e CNA, o PIB do Agronegócio recuou 2,99% no ano passado e contribuiu com 24% de todos os bens produzidos no Brasil. A indústria de alimentação animal, por sua vez, avançou 1,2% e consumiu matérias-primas e aditivos para produção de rações, concentrados, núcleos, premixes e suplementos que resultaram na movimentação financeira de aproximadamente R$ 170 bilhões, com 70% desse montante dispensado aos ingredientes de origem vegetal (milho, farelo soja, sorgo, etc.); 16% aos de origem mineral/químicos (fosfatos, vitaminas, aminoácidos, etc.) e 14% àqueles de origem animal (farinhas e gorduras, lácteos, plasma, etc.).
Mais recentemente, durante o primeiro trimestre de 2024, a apuração do indicador Cepea revelou queda de 2,2%, sobretudo por causa do segmento “agrícola” que retrocedeu 3,83%, muito embora a “pecuária” tenha avançado 1,68%, graças aos pilares Agroindustrial e Agrosserviços. Por sua vez, o IBGE registrou que o PIB da Agropecuária recuou 3% no período, enquanto a participação da indústria incrementou 2,8% e os serviços outros 3%, quando comparado ao mesmo trimestre do ano passado. No mesmo horizonte temporal, a cadeia produtiva de alimentos para animais estima que já foram consumidos milho e farelo de soja, na ordem de 13 e 4,5 milhões de toneladas, respectivamente, além de 3,2 milhões de toneladas de tantos outros macro e micro ingredientes responsáveis por compor os 20,7 milhões de toneladas das rações produzidas. Na comparação (janeiro a março 2024/2023), o preço médio delas recuou quase 8%, em boa parte por causa da desvalorização do grão e do derivado da oleaginosa. Leia mais…
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Fonte: Revista feed&food