A projeção de crescimento para o setor de rações para 2021 no comparativo de 2020, na ordem de 4%, está correndo dentro do previsto, segundo o CEO do Sindirações, Ariovaldo Zani. Apesar do bom andamento da demanda, os custos de produção com insumos como farelo de soja, milho e outros componentes dolarizados pressionam.
No primeiro semestre deste ano, o aumento na produção de rações foi de 5% em relação à primeira metade de 2020. “Agora para este segundo semestre esperamos uma certa desaceleração neste crescimento, mas ainda esperamos que fique dentro da projeção de encerrar o ano com 4% a mais do que 2020”, disse Zani.
Ele explica que entre outubro do ano passado e o mesmo mês deste ano, o aumento médio no preço das rações de suínos e aves, as mais demandadas do setor, foi de cerca de 50%, levando em conta o arrefecimento nos preços do milho e farelo de soja ocorridos nos últimos meses.
“Mesmo assim esse custo é alto, e é preciso repassar para o setor de proteína animal que, por sua vez, também precisa fazer o repasse, mas nem sempre consegue. O setor de suínos, por exemplo, está sofrendo porque os custos de produção e o preço pago pelo animal não fecham a conta”, afirmou.
A apreensão do setor, segundo Zani, é em relação à disponibilidade no início do ano que vem de insumos importados e dolarizados que são incluídos nas formulações das rações.