Indústrias de rações já reduziram de 3,5% para 2% o potencial de crescimento do setor em 2018 e situação pode se agravar com UE
A produção no primeiro trimestre foi afetada pela elevação nas cotações do milho e depreciação nos preços do frango vivo sem estímulo ao consumo. Situação ainda pode se complicar com possível embargo da UE à carne de frango brasileira
Ariovaldo Zani, vice-presidente executivo da Sindirações, conversou com o Notícias Agrícolas nesta quarta-feira (18) sobre a preocupação do setor de rações em torno dos embargos feitos às proteínas animais brasileiras. Para ele, “qualquer embargo afeta a dinâmica da cadeia produtiva” e, dessa forma, há também um menor consumo de insumos.
Na virada do ano, o Sindirações possuia uma perspectiva mais otimista de crescimento – em torno de 3,5%. Agora, esse ritmo foi visto como “mais moderado”, passando para 2%. Anteriormente, a alta vinha sendo influenciada pelo preço do milho.
Sendo assim, ele avalia que mercados como a União Europeia e a Rússia estão atentos e “tentando encontrar oportunidades para levar vantagens”, destacando que as questões seriam mais comerciais do que sanitárias.
A preocupação de Zani, no entanto, é que essa situação possa influenciar a decisão de outros mercados consumidores na hora de procurar pelos produtos brasileiros.
Por: Aleksander Horta e Izadora Pimenta