No ano passado o brasileiro empobreceu ainda mais, por conta da inflação que beirou os 11% e também por causa do PIB per capita medido em paridade do poder de compra, que retrocedeu 3% (U$ 15,7 mil/2015 comparado aos U$ 16,2mil/2014). A riqueza da nação recuou 3,8% e somou R$ 5,9 trilhões em valores correntes, apesar do ritmo de crescimento da população.
Entre os setores econômicos, apenas a agropecuária cresceu 1,8%, ao passo que a indústria recuou 6,2% e os serviços 2,7% (IBGE). À título de comparação, a variação do PIB na Índia a foi de 7,2%, na China de 6,9%, no Peru de 3,9%, nos Estados Unidos e México de 2,4%, e de 0,5% até na combalida Grécia (segundo Austin Ratings).
Demonstrando ainda alguma resiliência frente à forte redução da cotação das commodities agrícolas, o agronegócio avançou 0,39% (renda gerada de R$ 1,27 trilhão, conforme metodologia cálculo/CEPEA) adicionou aproximadamente R$ 21,50 a cada R$ 100,00 agregados ao PIB total (R$ 5,9 trilhões, nova metodologia de cálculo das Contas Nacionais/IBGE), somou 46% (U$ 88 bilhões, Secretaria de Relações Internacionais/MAPA) das exportações totais (U$ 191 bilhões, SECEX/MDIC), e repassou saldo positivo de U$ 70 bilhões para a balança comercial brasileira (superávit de apenas U$ 20 bilhões, SECEX/MDIC), amortecendo assim o déficit dos outros setores econômicos. Leia mais…
Ariovaldo Zani, médico veterinário
Professor MBA/PECEGE/ESALQ/USP, mestrado profissional/FZEA/USP