“Adição de probióticos, leveduras e outros elementos químicos na alimentação do rebanho pode reduzir em até 30% a emissão do metano”
O mercado de saúde animal, que engloba o fornecimento de rações e de produtos veterinários, projeta novo crescimento neste ano, puxado principalmente pelo segmento pet, que tem registrado grandes saltos desde a pandemia, mas também pela oferta de produtos mais sustentáveis, que reduzem a emissão de metano pelos animais de criação. Os produtores de rações, que tiveram alta de 1,3% no faturamento em 2023, esperam um crescimento superior a 2% em 2024. Já entre os fornecedores de produtos veterinários, a expectativa é de novo resultado positivo em 2024, embora ligeiramente menor do que os 4,2% registrados no ano passado.
“A estabilidade nos preços dos principais ingredientes das rações, que são o milho e o farelo de soja, sempre estimula os criadores de gado a reforçar a alimentação do rebanho. É o que acontece agora”, explica Ariovaldo Zani, diretor-executivo do Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações). Como o Brasil não tem invernos tão rigorosos, apenas seis milhões de reses são tratadas em confinamento no país, uma fração muito pequena em relação ao rebanho de 210 milhões de cabeças, segundo números oficiais. Há ainda sete milhões de bovinos em regime de semiconfinamento – ou seja, que são criados soltos no pasto, mas com reforço de ração nos cochos.
Zani chama a atenção também para os interesse cada vez maior por receitas mais sustentáveis nas rações. “Além de aumentar o rendimento nutritivo, a adição nas rações de probióticos, leveduras e gorduras insaturadas, entre outros elementos químicos, pode reduzir em até 30% a emissão de metano, valorizando a carne brasileira pelos importadores e ajudando o Brasil a cumprir a meta de contenção dos gases de efeito estufa“, diz. No caso da avicultura, a ração enriquecida com produtos químicos tem sido determinante também no grande ganho de peso de frangos e galinhas. Leia mais….
Fonte: Valor Econômico Revista Setorial Agronegócios