Iniciativa viabiliza a integração de dados nacionais em bancos de dados globais, fornecendo indicadores que representem com mais precisão a agricultura brasileira
O Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal – Sindirações ingressou como associado do Global Feed Lifecycle Assessment Institute (GFLI), em mais um esforço para promover o desenvolvimento sustentável da indústria de ração animal, e garantir um ambiente competitivo favorável à produção de alimentos seguros. O GFLI é um instituto independente da indústria de nutrição animal e alimentos com o objetivo de desenvolver um banco de dados de Análise do Ciclo de Vida de Nutrição Animal (ACV) disponível ao público e uma ferramenta para apoiar a avaliação ambiental significativa de produtos de nutrição animal e estimular a melhoria contínua do desempenho ambiental na indústria de nutrição animal e alimentos.
À exemplo do GFLI, o Sindirações tem aprimorado as ferramentas para Análise do Ciclo de Vida (ACV) do milho, da soja e do farelo, com modelagem alinhada àquela da Livestock Environmental Assessment and Performance Partnership (LEAP) – financiado pelas associações das indústrias produtoras de alimentação animal da União Europeia, dos Estados Unidos e do Canadá.
Sindirações é o mais novo membro do GFLI.
Segundo Ariovaldo Zani, CEO do Sindirações, “os pressupostos empregados pelo GFLI e a observação atenta dos mais de mil inventários dos principais ingredientes usados nas rações na Europa e nos Estados Unidos, incluídos também alguns cultivados no Brasil, permitirá revelar as possíveis inconsistências métricas e justificar as necessárias correções, sem as quais, não seria possível firmar justa e equilibrada comparação dos insumos brasileiros e as particularidades dos processos produtivos aplicados em nosso território nacional”, diz.
Zani também destaca outra constatação importante a partir do trabalho feito pelo GFLI, que aponta para o dilatado tempo de amortização (horizonte temporal dos últimos vinte anos) referente ao tempo de mudança de uso da terra (Land Use Change – LUC). “De certa forma, proposital ou coincidentemente, isso acaba por prejudicar os países em desenvolvimento e de fronteira agrícola ainda em expansão, como o Brasil, quando comparados àqueles já desenvolvidos, como os Estados Unidos, por exemplo”, complementa o CEO do Sindirações.
A recente cooperação firmada, que se estende do “campo à mesa”, sustentada pela inquestionável competência técnica da Embrapa Meio Ambiente e da Embrapa Pecuária Sudeste, permite desmistificar a injusta imagem de um superlativo Brasil poluidor e servirá de apoio ao continuado avanço das exportações agropecuárias.
Recentemente, o Sindirações também ingressou como associado pleno do Grupo de Trabalho da Pecuária Sustentável (GTPS), além de ser filiado da International Feed Industry Association (IFIF) e uma das associações observadoras da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO/ONU).
