Durante a palestra, Ariovaldo trouxe pontos positivos e negativos do mercado interno e externo atuais para os insumos e outros fatores que impactam a alimentação animal
Entre os dias 8 e 10 de novembro, no município de Chapecó – SC, acontece o 11° Simpósio Brasil Sul de Bovinocultura de Leite (SBSBL), que reunirá especialistas da cadeia de produção de leite debatendo sobre inovações e o futuro do setor. No 1° dia de evento, Ariovaldo Zani, CEO do Sindirações, trouxe o tema “A inter-relação entre o mercado de nutrição e as cadeias produtivas de proteína animal” como foco.
A alimentação é essencial na cadeia de produção de proteína animal. Porém, os gastos com nutrição representam grande parte do valor investido na criação de aves, suínos e bovinos. Os preços dos principais grãos, milho e soja, além de insumos como aditivos, vitaminas e aminoácidos, impactam na gestão da atividade e, com a pandemia e a guerra entre Rússia e Ucrânia, têm se elevado.
Esse tem sido um desafio para a cadeia de produção, pois é necessário manter uma alimentação adequada e balanceada para que cada espécie se desenvolva de forma satisfatória, gerando a maximização dos lucros. Em sua fala, Zani destacou esses desafios e citou as soluções que já vêm sendo usadas:
“Há previsão para que nos próximos anos a demanda por grãos destinados à nutrição animal cresça. Porém, de acordo com essa previsão, o saldo de farelo de soja não acompanhará esse crescimento e, provavelmente, ocorrerá um déficit. Isso é um adiantamento do cenário futuro, mas a ciência e pesquisa podem caminhar ainda mais rápido e solucionar esse problema através de tecnologias que já vêm sendo usadas, como alimentos substitutos (resíduos) e uso de aditivos que melhoram a eficiência de uso dos nutrientes e, consequentemente, dos alimentos.”
Durante a palestra, Ariovaldo trouxe pontos positivos e negativos do mercado interno e externo atuais para os insumos e outros fatores que impactam a alimentação animal. Dentro do mercado brasileiro, temos como um dos principais destaques favoráveis a safra recorde de grãos, estimada em mais de 300 milhões de toneladas.
“O Brasil é um grande exportador de alimentos, mas ainda encontramos muitas barreiras por parte dos compradores, pressões ambientais e de qualidade. Para que essa relação de exportação melhore, é necessário aprimorar a comunicação e fornecer mais informações sobre a qualidade dos processos de produção no Brasil”, disse.
Fonte: nutriNews.com