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Boletim Informativo do Setor de Alimentação Animal – Dezembro 2022

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CERTEZA DA INCERTEZA

“Uma coisa é certa, que é o fato de não podermos dar nada por certo; sendo assim, não é certo que não podemos dar nada por certo”

A projeção de crescimento do PIB brasileiro não deve superar 1% em 2023 (incremento de 0,7%, segundo Boletim Focus de novembro), apesar da contribuição do agronegócio (atividade responsável por 25% do PIB que avançou 2,8% em 2022), setor reconhecido como modelo de sucesso para gestão, inovação tecnológica e incremento da produtividade.

Não obstante, é louvável ressaltar a invejável resiliência do empreendedor brasileiro frente ao minguado avanço de produtividade da mão de obra, da contração da oferta pela escassez de insumos e da inflação cambial, as quais continuam turbinando os custos de produção e os preços livres de produtos e serviços que corroem o poder de compra dos consumidores.

Os indicadores continuam apontando para a alta no custo do capital, valorização do dólar e incremento nas transações comerciais, combinação circunstancial, que no curto prazo, deve manter o cenário tão conturbado quanto o verificado até agora. Essa possibilidade segue contextualizada à conjuntura econômica internacional atrelada à previsão de apagão na Eurozona, à contração até mais branda nos Estados Unidos, e à China, abalada pela forte desaceleração do seu mercado imobiliário e fraqueza nas transações internacionais.

A compreensão exata da futura política econômica a ser praticada, no entanto, somente poderá ser desvendada depois de vários meses da posse do novo Governo eleito, pois o desdobramento dependerá do antigo modelo econômico calcado no voluntarismo exagerado ou alternativamente modulado por política sólida e previsível.

Por enquanto, o cenário revela queda dos ativos em bolsa de valores e alta do dólar, muito embora, não se descarte a possibilidade do ingresso de mais dólares para compra de ativos baratos e alguma valorização da moeda local, dependendo do sentido e direção dos movimentos durante a fase de transição no Executivo Federal.

Além disso, a hipotética ausência e decisiva guinada em direção às necessárias reformas administrativa e tributária, poderá alimentar as limitações ainda sustentadas na inflação e pressão fiscal, baixa competitividade e infraestrutura deficiente, inércia da produtividade e elevação do custo, ineficiência pública e regulação inadequada, insegurança jurídica, somadas à extemporânea diplomacia comercial internacional.

Diante das conjecturas e à despeito dos inevitáveis conflitos institucionais, continuaremos reivindicando atenção dos governantes no tocante à implementação das políticas públicas, necessárias à sustentabilidade e prosperidade da cadeia produtiva, com prioridade para a Regulamentação do Autocontrole (Fiscalização baseada no risco); da Reforma Tributária (isonomia, produtividade e competitividade); da Diplomacia Comercial (acordos gerais de preferência, fortalecimento da exportação de manufaturados); e do Equilíbrio do Investimento e Planejamento Agropecuário (balanceamento justo da destinação dos recursos e incentivos).

A sinergia entre as principais lideranças do agronegócio será fundamental para estimular os novos agentes públicos na elaboração de programas, ações e atividades desenvolvidas direta ou indiretamente pelo Estado, constituídas preferencialmente por instrumentos de planejamento, execução, monitoramento e avaliação, com a contribuição popular e do segmento envolvido, de maneira que o exercício da cidadania e os direitos econômicos sejam preservados, conforme assegura a Constituição Federal.

Apesar da aflitiva instabilidade geopolítica e fragilidade sócio econômica contemporânea, nos conforta inferir que o invejável desempenho de um Brasil protagonista global na produção e exportação de gêneros agropecuários, continuará garantido, em boa parte pela inovação e pelo robusto potencial energético renovável, necessário ao combate dos indesejáveis efeitos das alterações climáticas.

Ariovaldo Zani, CEO do Sindirações

Para ler o Boletim, clique sobre a imagem.

 

Fonte: Sindirações

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