“As projeções da OCDE/FAO se alinham aos estudos prospectivos da indústria de alimentação animal brasileira que estima superar 100 milhões de toneladas de rações em 2031”
Durante os últimos meses, o custo das principais commodities da alimentação animal (milho e soja/farelo) vem sendo pressionado por conta das generosas safras já realizadas e outras esperadas e a hipotética recomposição dos estoques por aqui e acolá, cenário bastante distinto daquele que perdurou anteriormente com preços internacionais elevados devido à recuperação da demanda após o surto da pandemia de COVID-19 e as consequentes interrupções de abastecimento e comércio internacional agravadas pelo conflito na Ucrânia.
Apesar do ambiente macroeconômico projetado para os próximos dez anos reservar razoável incerteza, o impulso dado pelo crescimento da população nos países do norte da África e região Sub Saariana e naqueles de renda média com rápida expansão e intensificação da sua produção pecuária devem contribuir para o incremento no consumo global de alimentos da ordem de 1,4% ao ano, muito embora com estabilização dos preços por conta da tendência da desaceleração da demanda dos grãos e dos ganhos da produtividade agropecuária.
O crescimento populacional pode ser considerado o principal determinante do incremento, contudo a renda, preços, demografia, urbanização, costumes e religião, preservação ambiental, ética e bem estar animal e as preocupações com a própria saúde podem influenciar o apetite global por alimentos e consequente ritmo demandador das commodities alimentares observado no médio prazo, já que a combinação deles determina uma volatilidade considerável e pode provocar grandes desvios de tendências nos preços agrícolas à longo prazo.
Conforme as perspectivas registradas na edição 2022/2031 do Agricultural Outlook da OCDE/FAO, a demanda global por commodities agrícolas, durante o período, deve avançar 1,1% ao ano, bem aquém do avanço de 2% ao ano da década anterior, muito provavelmente por causa da desaceleração da economia chinesa e do hipotético recuo no consumo de biocombustíveis nos Estados Unidos e na União Europeia. Leia mais…
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Fonte: Revista feed&food