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Os efeitos do etanol de milho sobre a produção animal

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A propósito das recentes notícias sobre a produção, no Brasil, de etanol a partir do milho, o AviSite (que acompanha as dificuldades que a prática gerou e gera na produção animal norte-americana) procurou ouvir a entidade que congrega os principais usuários do grão no País, o Sindirações (Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal).


Para o vice-presidente executivo e porta-voz da entidade, Ariovaldo Zani, são muitos os efeitos da utilização do milho sobre a produção animal. “A perspectiva do uso do milho na produção de etanol aumenta a competição e a valorização do grão beneficiando agricultores que logram maior rentabilidade. Esse prêmio, contudo, impõe ao elo seguinte um custo adicional que exige reposicionamento do preço dos produtos. Milhares de consumidores domésticos incapazes de comprar e uma indústria exportadora fragilizada que demanda menos milho estabelecem então um ciclo vicioso que compromete a cadeia de produção no todo. O que parecia inicialmente ser a “salvação da lavoura” pode revelar-se um grande pesadelo para o agricultor, diz Zani”.


É importante lembrar que a indústria de alimentação animal brasileira atualmente consome mais de dois terços de toda a safra e estima consumir quase 60 milhões de toneladas do cereal ainda em 2020, em resposta à crescente e contínua demanda da indústria das carnes.

 
Para Zani, a produção de etanol a partir do milho no Brasil não se justifica. Ele explica melhor: “O etanol brasileiro é ranqueado como bicombustível avançado e emite gases do efeito estufa quase 70% menos que a gasolina, enquanto o etanol de milho reduz somente um pouco mais de 10%. Ademais, a cana-de-açúcar apresenta muitas outras vantagens sobre o milho na produção de etanol, a saber o dobro da produção em litros por hectare, balanço de energia positivo, menor custo de produção e ausência de subvenção governamental”.


São argumentos suficientes para convencer que o milho produzido no Brasil deve ser reservado à indústria de alimentação. “A viabilidade para isso deve estar calcada no conceito da segurança alimentar e demanda política pública que favoreça os investimentos para ganho de produtividade das lavouras, aumento da área de armazenamento e, principalmente, garanta justa e legítima rentabilidade ao agente essencial que é o produtor rural”, completa Ariovaldo Zani.

Fonte: (AviSite) (Redação)

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