Nos últimos dois anos, diante da pandemia da Covid-19, o cenário de incertezas não só atingiu a saúde da população, mas também a economia global nos mais diversos setores. Hoje em dia, mesmo com a vacinação e diminuição do número de casos da doença, muitos segmentos continuam enfrentando dificuldades na retomada das atividades e remissão do prejuízo resultante. A indústria de alimentação animal, por exemplo, segue impactada, pois a previsão divulgada ainda no final de 2021 apontava a produção de 88 milhões de toneladas de rações e suplementos minerais, ou seja, um avanço da ordem de 3,5% nesse ano corrente.
A produção de rações, concentrados e sal mineral durante o primeiro semestre seguiu aquém daquela quantidade esperada, circunstância atribuída principalmente ao arrefecimento da demanda da cadeia produtiva de proteína animal (ovos e leite principalmente), bastante prejudicada por esse novo patamar de preço do milho, do farelo de soja e outros macro ingredientes da alimentação das poedeiras e vacas leiteiras, além da impossibilidade de repassar integralmente esse custo adicional, já que o preço pago ao produtor melhorou um pouco apenas mais recentemente. Adicionalmente, a importação dos aditivos (vitaminas, enzimas, aminoácidos, etc.), sofreu com a excessiva desvalorização cambial e a interrupção do trânsito de mercadorias, por conta da escassez de contêineres e custo proibitivo do frete para movimentação das cargas.
Dessa forma, a demanda de rações para frangos de corte de janeiro a junho alcançou 17,9 milhões de toneladas e retrocedeu pouco mais de 3% em resposta ao menor ritmo de alojamento de pintainhos. A previsão é produzir 35,8 milhões de toneladas ao longo de 2022 e ainda avançar 1%. Por sua vez, a produção de rações para poedeiras somou quase 3,4 milhões de toneladas, um recuo de mais de 6%, quando comparado ao mesmo período do ano passado. A tendência de maior alojamento das poedeiras em produção durante o segundo semestre pode até redundar na produção de 6,9 milhões de toneladas e amenizar o retrocesso para o nível de 4% ao longo de 2022. Leia mais…
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