De acordo com o CEO do Sindirações, projeção de aumento para o setor deve ser puxada pela produção de suínos e bovinos de corte, com suporte das exportações
Por Letícia Guimarães
Após registrar um crescimento de 5% no ano de 2020, a perspectiva de avanço para o setor de alimentação animal deve ser mais comedida neste ano, ficando em torno de 2,3%, conforme explica o CEO do Sindirações, Ariovaldo Zani. A expectativa de um crescimento menor está atribuída à questões macroeconômicas do Brasil, e também à alta de insumos como milho e farelo de soja.
Segundo Zani, a morosidade no processo de vacinação contra o coronavírus também atrasa a retomada da economia, prejudicando o consumo por parte dos brasileiros. A falta do Auxílio Emergencial, ou ainda o pagamento de um benefício em menor valor também se coloca como um fator limiutante ao consumo de carnes no país, somado ao desemprego.
“Temos também o alto custo das matérias-primas, como milho e farelo de soja, além de outros aditivos que compõem a ração e que são dolarizados. Não acredito que deva haver escassez de milho, por exemplo, aqui no Brasil, mas os preços devem permanecer altos“, disse.
A somatória dos altos custos de produção e da demanda por carnes por parte da população mais enfraquecida deve fazer com que o setor de proteína animal enxugue a produção, o que resulta na projeção de crescimento para o setor de rações em 2,3% em 2021.
Se o desempenho do setor no ano passado foi puxado pela avicultura e suinocultura, em 2021 o que deve dar suporte ao crescimento, ainda que menor, será a suinocultura e a bovinocultura de corte, puxada pelas exportações.
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