Campinas/SP – Exercitando a robusta e contínua parceria e comungando inúmeros princípios comuns voltados à valorização da ciência e capacitação dos profissionais do setor, o Sindirações e o Colégio Brasileiro de Nutrição Animal (CBNA) organizaram em 15 de agosto a terceira edição do Workshop sobre Nutrição em Aquacultura.
Além da importância da aquicultura industrial na garantia de suprimento em resposta à crescente demanda global por proteína animal, as entidades realizaram o evento em resposta aos anseios da comunidade envolvida na cadeia produtiva, a saber: produtores de peixes, camarões, moluscos, colaboradores da indústria fornecedora de alimentação e saúde animal das áreas técnica, produção, regulatória, comercial/MKT, comunidade científica (pesquisadores da Embrapa e professores das Universidades), alunos de graduação e pós-graduação, autoridades do setor público regulador/Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
O CEO do Sindirações do Sindirações, Dr. Ariovaldo Zani relatou que o evento inclusive tem o objetivo de proporcionar a socialização da comunidade envolvida na cadeia produtiva (produtores de organismos aquáticos, fornecedores da alimentação, academia, órgão regulador/MAPA) e incentivar a disponibilização das soluções científicas mais recentes e troca de experiências bem sucedidas.
“Apesar da atividade ser considerada bastante nova no Brasil, já ocupa destaque na matriz de desenvolvimento econômico (geração de empregos diretos e indiretos, movimentação financeira e contribuição com impostos federais, estaduais e municipais). Nos últimos 20 anos a demanda por rações cresceu mais de 12 vezes, ou seja, 100 mil toneladas em 1999 (início da série estatística) vs. 1,23 milhão de toneladas em 2018”, acrescentou Zani.
Zani lembrou que o melhor aproveitamento do peixe eviscerado (além do filé) revela grande oportunidade na produção de industrializados (nugget, hambúrguer, etc.) para satisfação de consumidores ainda não atendidos à contento (merenda escolar, restaurantes populares, hospitais públicos, casas de recuperação e penitenciárias, etc.).
No caso do camarão, o desafio é convencer os negociadores oficiais (autoridades do MAPA e diplomacia do Itamaraty) a convergir esforços para recuperar a participação brasileira no comércio internacional, à exemplo do que ocorria quando o camarão brasileiro alcançava os Estados Unidos e a Europa no início dos anos 2000 (antes dos embargos/sobretaxas).