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Boletim Informativo do Setor de Alimentação Animal – Junho 2015

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INCERTEZAS EXIGEM CAUTELA

A previsão da indústria de alimentação animal brasileira é demandar aproximadamente 42 milhões de toneladas de milho e 14,5 milhões de toneladas de farelo de soja em 2015, dentre outros insumos necessários à composição de aproximadamente 67 milhões de toneladas de rações.

Esse incremento dependerá do desempenho da cadeia produtiva de proteína animal brasileira e dos preços agrícolas que continuam pressionados, por conta da safra de mais de 202 milhões de toneladas, conforme previsão da CONAB em seu oitavo levantamento/maio, dos quais, 78,6 milhões de toneladas são atribuídos à cultura do milho e outros 95 milhões de toneladas referentes à soja.

É importante relembrar que esses produtos comercializados internacionalmente, tem seus preços modulados por movimentos cíclicos de expansão/contração da oferta, em resposta ao ritmo da demanda que também é impulsionada por fatores econômicos e políticos. A provável limitação das elevações futuras (média durante primeiro semestre de U$ 4.00/bushel de milho e ao redor de U$ 10.00/bushel para soja) recai na generosa safra americana e na América do Sul, além de outros fatores conjunturais/econômicos estabelecidos pela valorização do dólar, queda no preço do petróleo, desaceleração gradual chinesa, iminente enxugamento monetário e alta dos juros nos Estados Unidos, recuperação europeia ainda indefinida, etc.

Semelhante raciocínio aplica-se ao preço das carnes, leite e ovos, influenciados conjunturalmente pela oferta e demanda contemporâneas, e pelas incertezas do ambiente doméstico no Brasil, caracterizado pelo aumento do desemprego, crédito escasso e inflação nas alturas, e também pelo ritmo mais lento além-fronteiras por causa do menor ímpeto dos tradicionais clientes internacionais. Inclusive, essa depreciação persistente identificada sobre os grãos e as carnes, compromete sobremaneira as perspectivas de crescimento no Brasil (compensada em parte pela desvalorização da moeda local) e dos demais países predominantemente exportadores das commodities em geral.

É importante salientar que ainda em 2014 o saldo das transações internacionais do agronegócio nacional atingiu 83 bilhões de dólares (exportações de U$ 100 bilhões e importações de U$ 17 bilhões), montante invejável, no entanto, insuficiente para compensar o déficit de 4 bilhões de dólares (U$ 225 bilhões/exportações vs. U$ 229 bilhões/importações) acumulado pela balança comercial brasileira. Retomando a dinâmica das commodities, é evidente que a evolução produtiva da agricultura e da pecuária brasileira precisa se alinhar cada vez mais aos estoques e às demandas da cadeia de consumo, já que a sustentabilidade dos empreendimentos depende de planejamento e estratégia, atributos considerados essenciais no combate à especulação, garantia da competitividade e orientação sobre o que, quando, como e quanto plantar ou criar e vender.

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Ariovaldo Zani | Vice-Presidente Executivo

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